terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Morrer não significa acabar


Relembrando as cartas de consolo, psicografadas por Chico Xavier, trago à lembrança a carta de Antonio Carlos Escobar, que desencarnou no dia 25 de dezembro de 1977 e, no dia 21 de abril de 1978, pelas mãos de Chico Xavier, escreve aos seus familiares pedindo para que não chorem tanto, pois, o mesmo precisa desembaraçar-se das prisões de casa para conseguir melhorar.

Outro pedido, diz respeito a culpa que alguns familiares atribuíram à pessoa que o convidou para uma viagem, na qual ambos desencarnaram, após a queda do avião pilotado por ele.

É a mãe de Antônio Carlos, Gilda Aymoré Escobar, quem atribui veracidade às informações contidas na carta, de vez que, muitas delas eram desconhecidas de Antônio Carlos, quando em vida.

"Quando cheguei aí em Uberaba, pela primeira vez, ninguém me conhecia. Para Antônio Carlos dizer tão certinho tudo o que ele disse, através do médium Chico Xavier, só ele mesmo – o Espírito de meu filho – para saber. Vovô Ayala, que ele cita na mensagem, é meu avô materno, desencarnado há 33 anos, visto que Antônio Carlos não o conhecia e quase não costumávamos nos lembrar dele, que já morreu há tantos anos, eu mesma tinha 7 anos quando ele desencarnou. Vovô Primitivo é meu pai, desencarnado há 6 anos. Vovó Isabel Rôa é minha avó, mãe de meu pai, desencarnada há 2 anos".

"Eu costumava, com efeito, conversar muito com a fotografia do meu filho, perguntando:
-Por que, meu filho querido; tinha que acontecer isso com você; que sempre foi um menino tão bom, tão correto em tudo, tão amigo de todos, enfim, um filho que nos deu alegrias, por que Deus tinha que bater em nossa porta desse jeito?"

O relato foi retirado do livro - Claramente Vivos - Psicografia de Chico Xavier.
Veja na íntegra!



Querida Mãezinha, querida vovó Armanda, querida tia Isabel.
Venho pedir a Deus que nos abençoe e pedir-lhes para não chorarem tanto.
Estou aqui com o meu avô Primitivo Aymoré e com a minha avó Isabel Rôa Escobar, mas estou muito preso às lágrimas de casa.

Querida tia Isabel; se puder, não deixe a vovó chorar tanto, nem a minha Mãezinha Gilda continuar tão aflita por minha causa. Estou vivo, mas preciso desembaraçar-me das prisões de casa para conseguir melhorar.

O meu avô Primitivo me diz que preciso fazer este pedido para que a minha situação consiga melhorar.

Às vezes, me reconheço nas ruas de Ponta Porã ou de Pedro Juan Caballero,
perguntando porque... Mas, isso resulta de quando me contemplam os retratos, chorando muito e chamando-me.

Não culpem ninguém, porque eu tinha tido a obrigação de vir mais cedo para cá. As leis de Deus funcionam sobre as nossas cabeças, e não havia como fugir a elas.

Rogo-lhes conformação, à mãe Armanda. Estive com vovô Ayala, que me deu
excelentes conselhos.

Agora, peço-lhes para descansarem para que eu descanse. Os que chegam aqui, vêm tudo quanto se passa aí, e espero que me auxiliem.

Tia Isabel; envio o meu abraço ao Evaldo Carlos e a Gladys Lise, com muita estima ao tio Basch.

Agora, me despeço. Vim até aqui porque o meu avô Primitivo me disse que teríamos que escrever alguma coisa para que a minha avó Armanda não fique doente. As lágrimas de saudade também matam, e queremos a Vovó aí perto de minha mãe sem o sofrimento em que as vejo depois de minha vinda para cá.

Morrer não significa acabar.

Estou rente com a família, e assim que as lágrimas diminuírem; penso que vou
trabalhar muito.

Minhas lembranças ao meu querido irmão. Ao papai, ao Basch e às crianças.
E pedindo as três me abençoarem, sou o filho, o neto e o sobrinho que pede a Deus nos auxilie a vencer as nossas dificuldades para sermos realmente mais felizes.

Abraços muito de coração do

Antônio Carlos Escobar.

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